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160 anos de O Evangelho Segundo o Espiritismo (cap. IV)
Ressurreição e reencarnação
4. A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição; só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se; designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.
5. Ora, entre os fariseus, havia um homem chamado Nicodemos, senador dos judeus, — que veio à noite ter com Jesus e lhe disse: Mestre, sabemos que vieste da parte de Deus para nos instruir como um douto, porquanto ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.
Jesus lhe respondeu: Em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, para nascer segunda vez?
Retorquiu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. — O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. — Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo. — O Espírito sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem ele, nem para onde vai; o mesmo se dá com todo homem que é nascido do Espírito.
Respondeu-lhe Nicodemos: Como pode isso fazer-se? — Jesus lhe observou: Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas? — Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. — Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do Céu? (São João, capítulo III, vv. 1 a 12.)
(…)
16. Não há, pois, duvidar de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus, ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal; donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras do Cristo. Um dia, porém, suas palavras, quando forem meditadas sem ideias preconcebidas, reconhecer-se-ão autorizadas quanto a esse ponto, bem como em relação a muitos outros.
17. A essa autoridade, do ponto de vista religioso, se adita, do ponto de vista filosófico, a das provas que resultam da observação dos fatos. Quando se trata de remontar dos efeitos às causas, a reencarnação surge como de necessidade absoluta, como condição inerente à Humanidade; numa palavra: como lei da Natureza; pelos seus resultados, ela se evidencia, de modo, por assim dizer, material, da mesma forma que o motor oculto se revela pelo movimento; só ela pode dizer ao homem donde ele vem, para onde vai, por que está na Terra, e justificar todas as anomalias e todas as aparentes injustiças que a vida apresenta.
Sem o princípio da preexistência da alma e da pluralidade das existências, são ininteligíveis, em sua maioria, as máximas do Evangelho, razão por que hão dado lugar a tão contraditórias interpretações. Está nesse princípio a chave que lhes restituirá o sentido verdadeiro.
(Excertos de O Evangelho Segundo o Espirtismo, cap. IV, Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo, item: Ressurreição e reencarnação)
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Reunião Pública de sábado, dia 27/04/24: Pensamento e Vida
26 – Afinidade
O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.
Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.
Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.
O homem poderá estender muito longe o raio de suas próprias realizações, na ordem material do mundo, mas, sem a energia mental na base de suas manifestações, efetivamente nada conseguirá.
Sem os raios vivos e diferenciados dessa força, os valores evolutivos dormiriam latentes, em todas as direções.
A mente, em qualquer Plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir.
Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente.
De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.
Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.
Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que nos cercam.
Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.
Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.
Princípios idênticos regem as nossas relações uns com os outros, encarnados e desencarnados.
Conversações alimentam conversações.
Pensamentos ampliam pensamentos.
Demoramo-nos com quem se afina conosco.
Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de Espíritos a que nos ligamos.
Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.
Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer Plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.
Daí, o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito.
Trabalhar incessantemente é dever.
Servir é elevar-se.
Aprender é conquistar novos horizontes.
Amar é engrandecer-se.
Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contato com os grandes gênios da imortalidade gloriosa.
(do livro Roteiro, ditado por Emmanuel a Francisco Cândido Xavier, lição 26 – Afinidade)
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Indicação de leitura: Algo Mais
16 – Notas da esperança
Se algum dia vieres a cair, levanta-te e anda.
Recorda que ninguém recebe um corpo na Terra para estações de repouso.
Todos nós — seja no Plano Físico ou na Vida Maior — somos chamados à construção do bem. E o bem aos outros será sempre a garantia de nosso próprio bem.
Se dificuldades repontam da estrada, não te omitas.
Segue adiante, reconhecendo que nos cabe a todos ofertar esforço máximo para que se realize o melhor em nós e em derredor de nós.
Não pares. A estagnação é ponto obscuro no caminho em que, bastas vezes, os mais nobres valores da existência se corrompem.
Não existe fatalidade para o mal, porquanto, o bem geral triunfa sempre.
Os únicos vencidos no movimento criativo da vida são aqueles que descreram de Deus e de si mesmos, apagando-se, pouco a pouco, no vazio do nada a fazer;
os que atravessam o tempo, perguntando o porquê das ocorrências e das cousas, sem se dar ao trabalho de conhecer-lhes a origem, a fim de aperfeiçoar-lhes resultado e proveito;
os que se instalam nas torres de marfim do exclusivismo, temendo os problemas que possam surgir no relacionamento com o próximo;
os que não acreditam na obrigação de trabalhar, incessantemente;
e os que se observam caídos nessa ou naquela falta sem a precisa coragem de se reerguerem para começar de novo a tarefa construtiva a que se propõem.
Ainda mesmo que tudo te pareça amargura e sombra na paisagem de moradia, não esmoreças e continua agindo e servindo, porque a fidelidade ao trabalho te iluminará o coração, a fim de que não te afastes do caminho para o encontro com Deus.
(do livro Algo Mais, ditado por Emmanuel a Francisco Cândido Xavier, lição 16 – Notas da esperança)
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Grupo de Estudos: Princípios Fundamentais do Espiritismo (4)
16 – Estudo e observação
Abraçando a fé raciocinada, ao espírita não será lícito eximir-se ao estudo.
Valer-se do pensamento alheio, a fim de progredir e elevar-se, mas, formar as ideias próprias.
Ler e meditar.
Aprender e discernir.
Antes de tudo, compulsar Allan Kardec e anotar-lhe os princípios, de maneira a observá-los no cotidiano, é obrigação dos que se abeberam nas fontes do Cristianismo Redivivo.
Não só frequentar as lições do Codificador da Doutrina Espírita, mas, igualmente, confrontar-lhe os textos com os ensinamentos do Evangelho de Jesus.
Render culto à evangelização, através dos fundamentos espíritas.
Jamais esquecer de associar Kardec ao Cristo de Deus, qual o próprio Kardec se associou a Ele em toda a sua obra.
Nunca olvidar que Espiritismo significa Cristianismo interpretado com simplicidade e segurança, para que não venhamos a resvalar na negação, fantasiada de postulados filosóficos.
Estudar para compreender que sem Jesus e Kardec, o fenômeno mediúnico é um passatempo da curiosidade improdutiva.
Pesquisar a verdade para reconhecer que a própria experimentação científica, só por si, sem consequências de ordem moral, não resolve os problemas da alma.
Colaborar com simpatia nos movimentos de perquirição que se efetuam em torno das atividades medianímicas, mas, sem prejuízo dos encargos e responsabilidades espíritas, valorizando o tempo, sem perdê-lo, de modo algum, nas indagações ociosas e infindáveis.
Selecionar os livros em disponibilidade, escolhendo aqueles que nos purifiquem as fontes da emoção e nos melhorem o nível de cultura.
Conquanto admirando a palavra do apóstolo: “examinai tudo e retende o melhor”, não se comprometer com literatura reconhecidamente deteriorada.
Difundir, quanto possível, as letras nobilitantes.
Proteger o livro espírita e a imprensa espírita com as possibilidades ao nosso alcance.
Concluir, em suma, que tanto necessita o homem de alimento do corpo quanto de alimento da alma e que tanto um quanto o outro exigem cuidado e defesa, higiene e substância, na formação e na aplicação.
(do livro No portal da Luz, ditado por Emmanuel a Francisco Cândido Xavier, lição 16 – Estudo e observação)
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Meditemos com Emmanuel: Cá e Lá
31 – Cá e lá
Cada criatura na Terra permanece na linha de conhecimento e mérito em que se coloca, e, no Além, cada Espírito se encontra no degrau evolutivo que já conquistou.
O túmulo é mera passagem para a renovação, tanto quanto o berçário é apenas recurso de volta ao aprendizado.
Nascimento e morte se completam por estágios no caminho da vida infinita.
Existem homens, partindo para o Mundo Maior, carregando consigo todo um purgatório de revolta e desencanto, e há quem volte do Plano Espiritual ao campo terrestre, trazendo no próprio ser todo um turbilhão de desespero.
Em razão disso, vemos no mundo infantil comovedores quadros de angústia que somente a chave da reencarnação consegue compreender.
Nas rendas do berço, há minúsculos rostos que as úlceras consomem e, em plena meninice, corpos tenros sofrem mutilação e enfermidade.
Almas que ainda conservam, nas fibras mais íntimas, o braseiro da rebelião e a cinza da amargura, retomam o veículo físico em aflitivas condições, requisitando comiseração e socorro.
Outras, nos primeiros dias da existência terrestre, revelam nos gestos mais simples o ressentimento e o azedume que herdaram do próprio passado delituoso.
Entendendo a realidade da vida imperecível que nos rege os destinos recebamos, na criança de hoje, em pleno mundo físico, o companheiro do pretérito que nos bate à porta do coração, suplicando reajuste e socorro.
Lembremo-nos de que, mais tarde, provavelmente, chegará nossa vez de implorar o auxílio daqueles que nos deixaram na retaguarda e façamos pela infância de agora o melhor que pudermos.
Estendamos a luz da educação e do amor, diminuindo as sombras da penúria e da ignorância.
É possível que nossos filhos de hoje sejam nossos avoengos de ontem.
Com eles, talvez tenhamos assumido graves compromissos diante da Lei.
Por esse motivo, irmanados uns aos outros, amparemo-nos reciprocamente, compreendendo que, muito possivelmente, eles próprios ser-nos-ão os instrutores e os parentes mais íntimos de amanhã.
(do livro Família, ditado por Espíritos diversos a Francisco Cândido Xavier, lição 31 – Cá e lá, por Emmanuel)
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Grupo de Estudos: Princípios Fundamentais do Espiritismo (3)
12 – Estudo como dever
Compreendamos, assim, nas instituições do Espiritismo, que restauram o Evangelho para a atualidade, o culto do estudo edificante como simples dever.
Todos detemos conosco graves lições.
O estilete da angústia na própria alma…
A expiação em família…
A moléstia humilhante…
A inibição aflitiva…
A inadaptação social…
A trama da obsessão…
A esperança frustrada…
Buscar sistematicamente o alívio de uma hora, sem penetrar a essência da dor, é o mesmo que adquirir panaceias de ilusão e adotar a irresponsabilidade como norma de vida.
Por isso mesmo, é indispensável sacudir o marasmo do conformismo nos recessos do próprio ser, focando a observação em linhas renovadoras da emotividade e do pensamento para que se elevem nossas percepções e concepções, no rumo do progresso.
Para isso, é imprescindível que o estudo nos favoreça, porquanto a existência é passo da evolução em que o conhecimento é pão do Espírito, quanto o pão material é sustento do corpo.
Estudo sem ostentação de saber.
Estudo sem paranoia intelectual.
Estudo para trabalho incessante.
Estudo como hábito nobre nos domínios da cooperação e do entendimento.
(do livro Doutrina-escola, ditado por autores diversos a Francisco Cândido Xavier, lição 12 – Estudo como dever, por Emmanuel)
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Grupo de Estudos: Princípios Fundamentais do Espiritismo. Estude conosco!
118 – Ante a palavra do Cristo
“… As palavras que eu vos disse, são espírito e vida.” — Jesus (João, 6.63)
Em todos os tempos surgem no mundo grandes Espíritos que manejam a palavra, impressionando multidões; entretanto, falam em âmbito circunscrito, ainda quando se façam ouvidos em vários continentes.
Dante define uma época.
Camões exalta uma raça.
Shakespeare configura as experiências de um povo.
Voltaire exprime determinada transformação social.
A palavra de Jesus, no entanto, transcende lavores artísticos, joias literárias, plataformas políticas, postulados filosóficos, fórmulas estanques. Dirige-se a todas as criaturas da Terra, com absoluta oportunidade, estejam elas nesse ou naquele campo de evolução.
É por isso que a Doutrina Espírita a reflete, não por mera reforma dos conceitos superficiais do movimento religioso, à maneira de quem desmontasse antigo prédio para dar disposição diferente aos materiais que o integram, em novo edifício destinado a simples efeitos exteriores.
Os ensinamentos do Mestre, nos princípios espíritas-cristãos, constituem sistema renovador, indicação de caminho, roteiro de ação, diretriz no aperfeiçoamento de cada ser.
Quando os manuseies, não te julgues, assim, apenas como quem se vê à frente de um espetáculo de beleza, junto do qual devas tão somente chorar, seja nutrindo a fonte da própria emotividade ou penitenciando-te, quanto aos próprios erros.
Além das lágrimas, aprendamos igualmente a pensar, a purificar-nos, a reerguer-nos e servir.
A necessidade da alma é semelhante à sede ou à fome, ao desajuste moral ou à moléstia, que são iguais em qualquer clima.
A lição do Cristo é também comparável à fonte e ao pão, ao fator equilibrante e ao medicamento, que são fundamentalmente os mesmos, em toda parte.
No trato, pois, de nós ou dos outros, é forçoso não olvidar que o próprio Senhor nos avisou de que as suas palavras são espírito e vida.
(do livro Palavras de vida eterna, ditado por Emmanuel a Francisco Cândido Xavier, lição 118 – Ante a palavra do Cristo)
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160 anos de O Evangelho Segundo o Espiritismo (cap. III)
Diferentes estados da alma na erraticidade
2. A casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao adiantamento dos mesmos Espíritos.
Independentemente da diversidade dos mundos, essas palavras de Jesus também podem referir-se ao estado venturoso ou desventurado do Espírito na erraticidade. 3 Conforme se ache este mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções que tenha; 4 enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundos; enquanto alguns Espíritos culpados erram nas trevas, os bem-aventurados gozam de resplendente claridade e do espetáculo sublime do Infinito; 5 finalmente, enquanto o mau, atormentado de remorsos e pesares, muitas vezes insulado, sem consolação, separado dos que constituíam objeto de suas afeições, pena sob o guante dos sofrimentos morais, o justo, em convívio com aqueles a quem ama, frui as delícias de uma felicidade indizível. 6 Também nisso, portanto, há muitas moradas, embora não circunscritas, nem localizadas.
(O Evangelho Segundo o Espirtismo, cap. III, Há muitas moradas na casa de meu Pai, item: Diferentes estados da alma na erraticidade)
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Aconteceu! Seminário: Preparação para as atividades mediúnicas!
Aconteceu neste sábado, dia 20/04/24, o Seminário: Preparação para as atividades mediúnicas. Agradecemos a todos que compareceram e deixamos aqui o lembrete do Benfeitor Emmanuel, no Prefácio de seu livro Mediunidade e Sintonia, ditado a Francisco Cândido Xavier: “(…) reconheceremos que todo aquele coração que palpita e trabalha no campo dos ensinamentos de Jesus, a Jesus se assemelhará.”
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Reunião Pública de sábado, dia 20/04/24: Pensamento e Vida
41 – Pensamento e conduta
TEMA — Vontade no plano mental.
Nem sempre estamos habilitados a eleger o nosso ambiente mais íntimo, na experiência cotidiana.
Às vezes, somos constrangidos a suportar certos quadros de luta ou a partilhar o convívio de pessoas que não se nos afinam com a maneira de ser, em razão dos compromissos que trazemos de existências passadas. Entretanto, em qualquer situação, somos livres para escolher os nossos pensamentos.
Cada inteligência emite as ideias que lhe são peculiares, a se definirem por ondas de energia viva e plasticizante, mas, se arroja de si essas forças, igualmente as recebe, pelo que influencia e é influenciada.
Ainda mesmo por instantes, toda criatura, ao exteriorizar-se, seja imaginando, falando ou agindo, em movimentação positiva, é um emissor atuante na vida, e, sempre que se interioriza, meditando, observando ou obedecendo, de modo passivo, é um receptor em funcionamento.
Aqueles que se desenvolveram mentalmente, atingindo a esfera das criações sugestivas, assumem o papel de orientadores, adquirindo responsabilidades mais vastas pela facilidade com que articulam programas de rumo para os outros. Cada qual expõe o que pensa pelo esforço que realiza: o cientista pela obra a que se consagra, o professor pelo que ensina, o escritor pelo que escreve, o comentarista pelo que fala, o artista pelo trabalho em que se revela.
Analisemos, assim, aquilo que nomeamos como sendo nosso “estado de espírito”. Tensão, dúvida, angústia, irritação, otimismo, coragem, confiança ou alegria são frutos de nossa preferência no mercado gratuito das ideias, de vez que o fio invisível de nossas ligações com o bem ou com o mal parte essencialmente de nós.
Convençamo-nos de que a nossa mente possui muita coisa de comum com o aparelho radiofônico. Emissões construtivas ou deprimentes, significando a carga sutil de sugestões boas ou más que aceitamos de companheiros encarnados ou desencarnados, alcançam-nos incessantemente e podem alterar-nos o modo de ser, mas não podemos olvidar que a nossa vontade é o sintonizador.
(do livro Ceifa de Luz, ditado por Emmanuel a Francisco Cândido Xavier, lição 41 – Pensamento e conduta)
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